Local de experimentação, de soltar a palavra sobre o que der na telha. Sempre de portas abertas a quem quiser abrir a porta e dar uma espiada.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016
A Metamorfose - minhas impressões
Li recentemente o livro A Metamorfose de Franz Kafka. A história é sobre o jovem Gregor Samsa, um caixeiro viajante responsável pelo sustento da família, e se mostra, até certa parte do livro, muito orgulhoso de o fazer, que num belo dia acorda transformado em um inseto gigantesco (tudo indica que seja uma barata, mas esse detalhe não fica explícito ao longo do livro). Inicialmente, o protagonista começa a fazer reflexões sobre a vida que tem levado, mas logo a realidade o confronta e seu chefe está o procurando por não ter aparecido na estação para ir ao trabalho. Assim que percebe a sua nova condição, a família adota uma relação totalmente diferente com Gregor, que passa a ser abandonado em seu quarto, nunca limpo, tratado com o maior descaso até mesmo com sua alimentação, além de estar fadado a ouvir conversas com teor altamente agressivo sobre ele.
A narrativa é extremamente impactante, as cenas são fortes e trazem sentimentos profundos, como o abandono e toda a dor (física e emocional) pela qual Gregor está passando, além de toda desumanidade e podridão mostrada pelos pais. Não só isso, o livro também denuncia a condição do homem no mundo burguês: o fato do valor de alguém ser determinado pelo trabalho. A partir do momento que Gregor se mostra incapaz de sustentar a família ele é abandonado, e não só isso (SPOILER!), a família só se vê feliz novamente quando "se livra" dele. Trazendo uma reflexão importante sobre a nossa relação com o mundo e as pessoas a nossa volta. Altamente recomendado, um livro que não será esquecido facilmente.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Conto sem Nome
Um dia após cada dia. O tempo segue e eles
vão. Ninguém sabe para onde, ninguém sabe o porquê, muito menos o que eles
viram quando foram para lá. Não se sabe há quanto tempo, não se sabe se
voltarão.
Só
se sabe que havia algo explodindo dentro deles, uma mistura simples e
incompleta de tudo que eles haviam passado. Eles eram feitos de fogo, de raiva
e de emoção.
Os
dois estavam longe demais para serem lembrados, e perto demais para serem
esquecidos. Todos sabiam que aquilo iria continuar, como um equilíbrio, onde os
dois seguem juntos, na mesma intensidade, em direções opostas, indo sempre para
o mesmo lugar.
Ela
precisava da razão, e ele da sensibilidade. Eles morreriam juntos, pois
obtiveram tudo, apesar de não parecer nada.
Os
dias passavam, o frio aumentava, mas eles continuavam, sua chama não havia se
apagado. Ninguém os estava procurando, e isso tornava tudo ainda mais
empolgante.
Os
ventos eram fortes, e o calor ficava cada vez mais intenso. Ela já estava
achando que era loucura, e ele não via mais razão. Mas era a única forma, de
manter tudo, como sempre foi.
O
calor se foi. Os dois voltaram a enxergar o sentido. Seu equilíbrio voltou a
girar para poder se manter parado. E eles conseguiram se compor, quando se
deixaram levar, pelo lua e pelas estrelas, pelo Sol e pela terra, pelo tudo e
pelo nada.
Desenho
Não sei se já falei por aqui, mas um hobby que gosto bastante é desenhar. Infelizmente não pratico tanto quanto gostaria, mas de vez em quando sai alguma coisa. Queria compartilhar aqui com vocês o último que consegui fazer, apesar de não ter finalizado, falta minha parte preferida: cores.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
A hora, 16 de Fevereiro
A rua estava deserta, a Lua era nova
e poucas estrelas iluminavam meu horizonte. Meus pés batiam lentamente no chão
e o ar fustigava minha pele com rajadas geladas. Foi quando vi. A mulher tinha
a magreza de uma criança miserável, os olhos cinzentos eram furiosos, sua pele
parecia feita de pérolas e longas asas negras saíam de uma túnica creme. O
local parecia perfeito, quanto à hora, sentia como se coragem ainda não tivesse
tomado conta de meu corpo, alma e mente. Um passo a frente ou um passo atrás.
Tanto fazia. O que aconteceria a seguir? Descobriria em pouco tempo. A mulher
deu um passo para frente e entrelaçado por seus dedos compridos vi um
instrumento musical dourado, lembrava-me uma flauta. A mulher estendeu a mão
oferecendo-me sua flauta. Com um pouco de desconfiança peguei o objeto de sua
mão. Ela assentiu com seriedade e se virou para trás. Senti a flauta em minhas
mãos, era leve e delicada, como se não fosse o que aparentava. Fechei os olhos.
Senti meu corpo ficando cada vez mais leve e os problemas saindo de dentro de
mim. O frio da noite já não parecia mais tão frio. Então deixei que o destino
me levasse.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Realizando sonhos
Temos que sonhar grande, não, não é um incentivo, é algo que é imposto para nós diariamente. É claro que nossos sonhos precisam se encaixar em um padrão, somos uma sociedade baseada em padrões, e isso não é algo exatamente bom.
Mas vamos voltar ao que eu queria falar, quais devem ser nossos sonhos? Basicamente, coisas que envolvam ter dinheiro e o dito sucesso, há em um livro não tão bom de um autor que nem gosto muito uma reflexão que ajuda bastante a entender o nosso mundo, é mais ou menos assim, a gente tem que estudar para entrar numa faculdade legal, para conseguir um bom emprego, e ter uma boa casa, para que nossos filhos possam estudar e ir para uma faculdade legal, e conseguir um bom emprego. Agora, usando a reflexão de um professor de filosofia que tive no ensino médio, na vida nós temos vários momentos "yupi" (acho que não era essa a palavra que ele usava), quando aprendemos a ler, fazemos "yupi", quando saímos a primeira vez sozinhos, fazemos "yupi", quando damos nosso primeiro beijo, fazemos "yupi", mas em todos esses momentos, estávamos sendo condicionados a pensar no que estava lá na frente, naquele momento aonde seríamos bem sucedidos e felizes, e com tempo, e quando a gente chega finalmente nesse momento lá na frente, a gente percebe que acabou não se importando com aqueles vários momentos "yupi", e acabou por não ter pensado no que realmente importa, nem tendo prestado atenção nessas pequenas coisinhas que fazem a gente feliz.
Temos que ser felizes, e estamos tão preocupados com essa felicidade absoluta que tudo que realmente faz feliz, passa despercebido. Além disso, ainda tem aquele monte de gente que vai falar que a gente não pode ser feliz fazendo o que a gente gosta, aquele exemplo clássico do artista que acaba virando engenheiro porque a família obrigou. A felicidade é restrita a um certo grupo, que ninguém sabe se são ou não felizes de verdade.
Nosso sistema não está preocupado se a gente está sendo feliz ou não, só se a gente está reproduzindo um modelo que só é bom para ele.
Filmes sobre sonhos, ou que me fizeram pensar nesse negócio de ser feliz: O Lado Bom da Vida
Um Bom Ano
O Reencontro
8 Mile
sábado, 28 de maio de 2016
10 Qualidades
Como já disse antes, somos incentivados a acreditar que não somos bons o suficiente, para nada. Eu, particularmente, sou uma pessoa bastante insegura, e inspirada em um texto lindo que li num lugar lindo, vim aqui tentar dar um golpe na minha insegurança e fazer uma lista de qualidades minhas feita exclusivamente por mim:
1) Eu pulo corda bem;
2) Eu sou uma boa pessoa;
3) (Quando é necessário) tenho uma dedicação 101%;
4) Não sei mentir;
5) Brinco com cães de rua;
6) Não sou egoísta;
7) Sou relativamente criativa;
8) Meus muffins ficam deliciosos;
9) Eu tenho sentimentos (talvez numa dose exagerado);
10) Me lembro muito das coisas
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Livros de aniversário
Vim compartilhar com vocês os livros que ganhei de presente no meu aniversário (27/04), demorei um pouco por não estar conseguindo postar a foto.
Em breve teremos resenhas.
Em breve teremos resenhas.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Daquelas coisinhas que fazem a gente ser quem a gente é
Às vezes acontece de a gente sentir algo especial por um livro, ou um filme, ou um lugar e é de uma dessas coisinhas que eu vim falar aqui é o livro/filme As Vantagens de Ser Invisível. Sei que pode parecer extremamente bobo falar dele, mas simplesmente é algo absurdamente profundo e que me toca (nota repentina: o objetivo desse texto não é ser uma resenha bem construída e sim um turbilhão de sentimentos de forma desorganizada).
A história é sobre o secundarista Charlie, que vem passando por várias dificuldades e se sente bastante deslocado até conhecer a Sam e o Patrick e aí sua vida muda. Sei que parece algo adolescente, mas o autor trata a história do Charlie com tanta sensibilidade, mostra aquilo tudo de uma forma tão mas tão real que é impossível (quero dizer, possível é, mas não deveria ser) não ficar encantado. E o filme também é uma adaptação maravilhosa e igualmente emocionante.
Charlie é em sua essência, muito do que eu fui durante a vida. Espero que também possam se apaixonar por essa história.
https://www.youtube.com/watch?v=8bZdm8asYSk
terça-feira, 3 de maio de 2016
O Fracasso
Fracasso é uma palavra bem forte e bem negativa na nossa sociedade, e não só isso, ela também nos assombra a todo tempo. Eu, pelo menos, mesmo com todas as críticas a esse modelo perverso de "bem sucedidos e fracassados", morro de medo do fracasso. E morro mesmo. Dizem que me cobro muito, mas a verdade é que me sinto "um fracasso" com alguma frequência, mas não vou ficar falando sobre minhas angústias.
Mas afinal o que é o dito fracasso? Segundo o dicionário, é a falta de êxito, o malogro, a derrota. O mesmo mundo que nos obriga a competir insanamente é o mesmo mundo que nos ensina a nunca querer fracassar. Mas com tantas competições e com tantas pessoas, como podem querer que sejamos vencedores sempre? É algo numericamente impossível! E tem mais, nunca nos ensinam a valorizar o treino, a preparação, o aprendizado, e apenas o resultado final.
Pensando nessa lógica, se não "nascermos" vencedores, possivelmente nunca desaprenderemos a sermos fracassados. Uma coisa bastante cruel é pensar que às vezes somos até mesmo o segundo lugar e isso é uma decepção. Se não formos de um certo padrão não atingimos o sucesso e a partir daí seremos tachados de pessoas que perderam.
Nós não temos a obrigação de sermos os melhores em tudo, não temos que achar que essa lógica competitiva é normal, aprendermos a nos desenvolver sem ter que atingir certos padrões é algo bem mais gratificante, pelo menos eu acho que devia ser assim.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Músicas para Você Ouvir quando estiver se Sentindo para Baixo
Fiz essa lista baseada totalmente no meu gosto pessoal, e talvez a letra das músicas não seja algo ligado a sentimentos ou te faça se sentir bem. Apenas vá ouvindo, talvez sem prestar tanta atenção e sentindo, qualquer sugestão ou reclamação só dizer aqui. Sinta-se bem vindo (a) para dizer como se sentiu depois de ouvir as músicas também.
3) Ma baker
5) Mamma Mia
6) Daddy Cool
quarta-feira, 13 de abril de 2016
Entre o Mundo e Eu
Finalmente terminei a leitura, demorei bastante, culpa da minha confusão mental. Para fazer essa resenha dei uma lida em algumas resenhas de outros blogs e sites, para tentar melhorar e expor para vocês um conteúdo mais coerente e melhor trabalhado.
Entre O Mundo e Eu é um relato emocionante e duro, por ser além de absurdamente real, absolutamente pessoal, uma carta de pai para filho, além de uma espécie de auto biografia. Escrito pelo colunista Ta-Nehisi Coates, um colunista muito resrpeitado na comunidade negra dos EUA hoje, filho de uma liderança local do Partido dos Panteras Negras (vale a pena dar uma pesquisada nesse movimento), que, resumidamente, fala sobre o que é ser negro hoje nos Estados Unidos.
Sobre toda essa distância entre o ser negro e o "Sonho Americano", sobre a necessidade de preservar os corpos, da união dos negros, como forma de resistência. Além de ter sempre momentos em que o autor nos leva à uma contextualização histórica, que é bastante importante se tratando de um livro sobre sociedade.
É bastante impactante perceber o quão é dura a vida de muitas pessoas simplesmente pela sua cor de pele, por toda uma construção histórica (baseada no Imperialismo e também uma das bases do Capitalismo) que inferioriza os negros, assim como os indígenas, os asiáticos, os mulatos, todos os não brancos com feições europeias.
Duas colocações que achei bastante interessantes foram: 1) chamar os negros americanos de "filhos de um estupro transatlântico" e 2) "Não pode esquecer o quanto eles tiraram de nós e como transfiguraram nossos corpos em açúcar, tabaco, algodão e ouro"
O escritor sempre volta nessa questão dos corpos negros, e foi uma das coisas que mais me marcou, é (de forma muito negativa) pensar que um número muito grande de pessoas dentro da sociedade, antes de qualquer coisa, precisa se preocupar com a segurança de seus corpos.
Numa escala de 0 a 5 daria 4,5 para o livro
Para quem se interessar, acho legal dar uma pesquisada na militante Angela Davis, e também nos filmes 12 anos de escravidão e Histórias Cruzadas. Quem já tiver lido ou queira ler, comenta aqui, se quiser, claro.
Entre O Mundo e Eu é um relato emocionante e duro, por ser além de absurdamente real, absolutamente pessoal, uma carta de pai para filho, além de uma espécie de auto biografia. Escrito pelo colunista Ta-Nehisi Coates, um colunista muito resrpeitado na comunidade negra dos EUA hoje, filho de uma liderança local do Partido dos Panteras Negras (vale a pena dar uma pesquisada nesse movimento), que, resumidamente, fala sobre o que é ser negro hoje nos Estados Unidos.
Sobre toda essa distância entre o ser negro e o "Sonho Americano", sobre a necessidade de preservar os corpos, da união dos negros, como forma de resistência. Além de ter sempre momentos em que o autor nos leva à uma contextualização histórica, que é bastante importante se tratando de um livro sobre sociedade.
É bastante impactante perceber o quão é dura a vida de muitas pessoas simplesmente pela sua cor de pele, por toda uma construção histórica (baseada no Imperialismo e também uma das bases do Capitalismo) que inferioriza os negros, assim como os indígenas, os asiáticos, os mulatos, todos os não brancos com feições europeias.
Duas colocações que achei bastante interessantes foram: 1) chamar os negros americanos de "filhos de um estupro transatlântico" e 2) "Não pode esquecer o quanto eles tiraram de nós e como transfiguraram nossos corpos em açúcar, tabaco, algodão e ouro"
O escritor sempre volta nessa questão dos corpos negros, e foi uma das coisas que mais me marcou, é (de forma muito negativa) pensar que um número muito grande de pessoas dentro da sociedade, antes de qualquer coisa, precisa se preocupar com a segurança de seus corpos.
Numa escala de 0 a 5 daria 4,5 para o livro
Para quem se interessar, acho legal dar uma pesquisada na militante Angela Davis, e também nos filmes 12 anos de escravidão e Histórias Cruzadas. Quem já tiver lido ou queira ler, comenta aqui, se quiser, claro.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Novos Ciclos
Todos nós temos a vida demarcada por diversas fases. Isso não é uma coisa muito nova que estou dizendo. Mas queria falar um pouco disso.
Eu acabei de iniciar uma, que até agora parece bem boa. Comecei a faculdade, que é letras e me surpreendi bastante, as aulas são bastante interessantes e já aprendi muito, e olha que mal comecei a primeira semana!Claro, que daqui a pouco nem tudo vai ser tão legal, tão novidade, mas comecei com o pé direito, estou até bem mais sociável que o costume. O problema são as xerox, dá para declarar a falência! E diferente da lenda urbana, o bandejão, daqui pelo menos, é bem bom, tem até opção vegetariana.
Outra grande mudança é que estou em outra cidade, e eu nunca tinha nem me mudado, sabe? É tudo tão diferente, vivia numa casa cheia de cachorros e estou agora num apartamento, sempre tinha que pegar ônibus e demorava uma hora para chegar aonde queria, ou às vezes 20 minutos, se fosse para Corrêas, que é perto da minha casa. Agora vou a pé e em entre 15 e 20 minutos eu chego na universidade. Acho que ainda não caiu a ficha, sabe?
Mas estou feliz.
sexta-feira, 25 de março de 2016
Sobre essa coisa de dar aula
Vamos contar uma história. A pequena Juliana quando criança queria ser veterinária, sempre gostei muito de bichos e tal, acho que é algo meio natural né? Mas por volta de oito anos, percebi que jamais poderia ser, porque nunca iria conseguir fazer uma cirurgia num cão. Não sabia muito bem o que gostava nem o que queria da vida (eu era criança). Com 13 anos descobri que amava, e muito português e comecei a pensar em como eu ensinaria aquela matéria. Até o momento sempre disse que jamais daria aula. Comecei a ajudar uma amiga que tinha dificuldade e descobri que ensinar era algo, definitivamente, maravilhoso. Aí tudo começou .
Nessa época meu interesse pelas causas sociais, de uma maneira geral, começou a aflorar e por causa de um filme muito especial, eu percebi, de vez, o quanto o nosso mundo é cruel e entendi que a educação tinha um papel muito importante. Comecei a realmente acreditar que por meio da educação o mundo poderia mudar (não só por causa dela, mas esse é o tópico do texto). Então apareceu o ponto final crucial para a minha decisão estar mais que consolidada, um filme maravilhoso, chamado Escritores da Liberdade, que é sobre uma professora na periferia de uma cidade dos EUA que transforma a sua turma. Poucas pessoas realmente entendem o que eu quero, que basicamente é fazer o que ela fez. Transformar a vida de pessoas através das aulas, do conhecimento (meus olhos estão cheios de lágrimas enquanto escrevo). É bastante chato ter sempre alguém te desestimulando, ninguém quer saber dos que querem ser professores, eu ainda que quero ser professora de escola pública sou definitivamente alguém estranho.
Ano passado dei aulas particulares, para 4 pessoas, mas acompanhei apenas uma delas ao longo do ano e foi uma das melhores coisas que já me aconteceu. Crescemos muito juntos e consegui fazer um bom trabalho, não digo isso por mim, mas sim pela mãe dessa criança que sempre me agradece. Não tenho palavras o suficiente para descrever a emoção que tive ao ver aquele menino evoluindo e perceber que estava optando pelo caminho certo. Também tive a oportunidade de conhecer um projeto maravilhoso que uma professora próxima desenvolve junto com outros professores numa escola estadual. Essas pessoas me inspiram, mais do que qualquer outras.
Quase ninguém entende, mas isso é realmente o que eu quero, dar aula, simplesmente. Participar desse processo todo, estar numa sala de aula, com todos os desafios, crescer com os alunos, corrigir provas, todas essas coisas. Eu acredito na educação, de uma forma bem diferente do que vemos hoje, tanto nas escolas privadas quanto nais públicas. Eu quero dar aula, e não consigo nem ao menos ter vontade de fazer outra coisa.
domingo, 20 de março de 2016
Nuvens
Tenho o prazer de lhes contar que consegui (enfim) fazer meu segundo poema completo, que vai fazer parte de um projeto bem especial para mim. Foi hoje no café, de repente tive que levantar para registrar as ideias, espero que gostem.
Nuvens
O triste fim
daqueles que nascem
com a benção de não
poder enxergar
E vivem a vida
Nos becos escuros
Nas ruas vazias
Sem nunca sentir
Sem nunca sorrir
Sem nunca tocar
Sem nunca ouvir
Sem nunca viver
Nuvens
O triste fim
daqueles que nascem
com a benção de não
poder enxergar
E vivem a vida
Nos becos escuros
Nas ruas vazias
Sem nunca sentir
Sem nunca sorrir
Sem nunca tocar
Sem nunca ouvir
Sem nunca viver
quinta-feira, 17 de março de 2016
Resenha - A Bruxa
Vamos falar um pouquinho sobre esse filme de terror que está sendo tão comentado, A bruxa. Primeiramente vou comentar sobre meu interesse por ele. Estava eu na timeline do facebook quando uma conhecida postou algo do tipo "A Bruxa, o filme mais aterrorizante de todos os tempos". Gosto da temática bruxas e até que gosto de filmes de terror, então fiquei querendo ver, mas quando comecei a dar uma lida, fiquei muito muito interessada. Li críticas e assisti vídeos, além de todos os trailers que achei, diga-se de passagem. Acho que vou me estender um pouco falando sobre esse filme. Perdão. Um dos principais pontos é que ele vai muito além de qualquer filme de terror que eu tenha visto ou ouvido falar. Primeiro por não haver nenhum susto. Segundo porque a fotografia e os cenários são lindíssimos (baseados em pinturas do Goya, por exemplo). Terceiro por ele ter sido premiado no festival de Sundance, como uma leiga na questão cinema, não sei se isso é uma grande coisa, mas nunca vi nenhum filme do gênero ser premiado. Quarto pelo filme ter sido feito com uma base numa vasta pesquisa sobre os Estados Unidos colonial. Não poderia ser qualquer coisa. Além de dar um medo diferente.
Agora falando da minha experiência com ele. É brilhante, para começar. A direção te leva para uma atmosfera totalmente sombria, havia cenas nas quais eu queria sair correndo do cinema, por caus da sensação constante de não dever estar vendo aquilo.A temática, em si, não parece muito inovadora, é sobre uma família (que por um motivo não tão explorado) sai de uma colônia e vai viver perto de uma floresta. Está família é extremamente religiosa e o filme explora isso de uma forma surpreendente. Tudo começa quando a filha mais velha está brincando com o bebê de "achá-lo" e ele desaparece (aquela coisa de cobrir os olhos e dizer "cadê o bebê?). A partir daí diversas coisas acontecem e a família crê estar sendo aterrorizada por uma força maligna.
A trilha sonora vai te conduzindo, não como num filme de terror comum que te indica quando você deve ou não tomar um susto. Mas sim mexendo com as emoções. Eu, particularmente nunca vi nenhum filme brincar com as emoções como esse brinca, os cenários, os diálogos, as cenas em si, são construídas de uma forma totalmente inovadora e que te faz sentir um constante incômodo, uma apreensão, uma tensão e um pavor, que não te faz gritar, mas faz sentir coisas muito piores.
Definitivamente não será um filme para qualquer um, além de ter cenas pesadas, não é simples de entender, não é aquele filme com a história mastigada. É algo novo e que eu simplesmente fiquei encantada. Gostaria de falar muito mais sobre o filme, mas acho que acabaria dando spoilers e não seria tão legal assim. É muito mais que um filme sobre o Mal, mas uma obra extremamente artística e aterrorizante.
sexta-feira, 4 de março de 2016
Livros que estou lendo no momento
1) A Tormenta das Espadas: terceiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo. Comecei há ler faz um tempo mas dei uma pausa por ser um momento difícil e esse livro ter emoções demais para ler num momento como aquele. Eu acho que essa é a melhor série de fantasia de todo o universo, e por favor, não é só algo "estilo Senhor dos Anéis" é totalmente diferente,
2) Orgulho e Preconceito: o clássico. Li (inteiro) há 4 anos e confesso que achei bem chato. Mas um dia desses, na livraria Cultura do centro do Rio achei uma edição bem bonita e quis quebrar essa minha implicância. Não comprei por já ter uma edição e estou gostando bastante.3) Entre o Mundo e Eu: mal comecei e já estou apaixonada. Fala sobre o racismo hoje nos EUA e já me rendeu algumas anotações. Muito impactante e muito duro.
Um dia de 72, um sonho de consumo
Acho que talvez eu já tenha comentado por aqui que gosto de fazer muitas atividades, tenho interesses em um número razoável de coisas e infelizmente o dia não me propicia tempo o suficiente para fazer isso. Vou começar com a minha pequena lista de coisas que eu gostaria de fazer:
1) línguas: sempre gostei dessa coisa de aprender novas línguas e nos meus objetivos de vida está me tornar poliglota. No momento eu só falo português, inglês, enrolo no portunhol e sei o básico de alemão. Falta ainda o francês, o italiano, o latim, o grego e o mandarim. Que são as línguas que queria aprender no momento.
2) estudos: além dos estudos normais da faculdade, que começo em Abril, gostaria de estudar história (fazer um resumo de tudo que encontrar), sociologia, antropologia, ciência política e filosofia. Umas noções de geografia também são sempre bem vindas.
3) artes: quero muito poder voltar para o teatro assim que possível, que está entre as minhas maiores paixões, mas também queria dançar (ou dança do ventre ou jazz), desenhar, aprender a pintar, aprender a cantar e voltar para o teclado. Também queria saber tocar flauta e violino.
4) queria ter mais tempo para militar e ler mais textos voltados para a esquerda, entender bem do assunto, e ao mesmo tempo ter uma experiência prática.
5) meditações, textos religiosos e práticas da Arte também são bem necessários no meu dia a dia.
6) atividades físicas: eu acho que queria muito correr, e fazer e yoga e praticar alguma arte marcial legal.
7) queria ter tempo para fazer trabalho voluntário, com animais abandonados, crianças, idosos, moradores de rua...
8) também gosto muito de ter um tempo livre, para ler (gosto de ler 3 livros ou mais por vez), não fazer nada...
9) queria escrever mais, meu livro, minhas histórias, aqui no blog
terça-feira, 1 de março de 2016
Da série desabafos
Vou aqui discorrer sobre meu momento atual e um pouco sobre o que vivi até pouquinho tempo. Tudo começa depois do resultado do Enem que me trouxe muito desapontamento. Tive uma nota entre mediano e ruim (644). Acho que foi uma das coisas que mais me deixou mal na vida, perincipalmente porque sempre achei o Enem uma prova fácil. Não consegui nada no Sisu, e perto do resultado, no dia anterior e no dia fatídico, tinha o vestibular da faculdade que queria mesmo ir, desde o início do ensino médio, ou desde sempre talvez. Aí teve o resultado da UERJ, que não queria ir, mas passei (numa boa posição até), então comecei a pensar em tudo d enovo, o que eu queria, o que não queria, baseada num monte de incertezas, e sabe, tive certeza que só iria para lá... Não que fosse ruim, sabe? Mas não era o que queria. Passei um pouco mais de um mês chorando quase todos os dias e tendo certeza que ninguém gostava de mim, com medo do que estaria por vir. Fiz a matrícula e dias depois saiu o resultado, tinha passado para a faculdade dos sonhos. Era verdade. E isso foi ontem na verdade, e tudo parece que, começou a sorrir para mim, entendem? Sei que foi um texto desnecessário, mas estou muito feliz por ter realizado um sonho. Agora minha mente vai voltar ao normal e vou me sentir melhor para escrever (projeto 2016, ainda faltam 26 capítulos).
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Vamos falar um pouco hoje sobre viagens (para distrair a mente). Durante o teórico pós carnaval, quinta e sexta, eu e meus pais fomos a um dos destinos que eu mais tinha vontade de conhecer, Ouro Preto.
Resumindo muito da sua história, Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a ser declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. Surgiu no século XVII com a descoberta do ouro no estado de Minas (lembrando que nessa época o Brasil era uma colônia) com o nome de Vila Rica.
A cidade de Vila Rica foi durante um tempo a capital da capitania das Minas Gerais (só depois foi transferida para Belo Horizonte). Era o polo cultural e intelectual da colônia. A história artística da cidade começa no Barroco, um estilo ligado a religiosidade e marcado pelos contrastes, como o escuro e o claro, o conflito entre sagrado e profano, mundano e celeste. Podemos observar o estilo nas diversas igreja espalhadas pela cidade, com obras de Aleijadinho e Mestre Ataíde. É legal notar também a diferença entre o Barroco Tradicional e o Rococó, que como o segundo nome já diz, tem mais "enfeites", o guia me explicou que é como se o Barroco fosse a roupa e o Rococó o brinco, os cordões. Depois houve também o Arcadismo que teve seus grandes nomes do Brasil na cidade, cá entre nós, é um dos meus períodos literários favoritos, apesar de todo mundo achar um saco. Ele surge na época na qual a Europa começa a se tornar urbana e foi um movimento que queria fugir disso, tinha várias referências pagãs e tinha 3 ideais: carpe diem (aproveite o momento), fugere urbem (fuga da cidade) aurea mediocritas (que dava um sentido de viver com o corpo). Tenho a sensação que esqueci de algum dos ideais. Para falar um pouquinho mais, fomos na casa da Marília de Dirceu que é bem bacana. Para falar um pouco mais sobre como a cidade é fantástica, também foi lá que ocorreu a Inconfidência Mineira, considerada a primeira tentativa de independência brasileira. O movimento foi encabeçado por membros da elite e de intelectualidade, muitos arcadistas faziam parte. Foi inspirada na Independência Americana e também na Revolução Francesa e no Iluminismo. O movimento foi delatado por um dos integrantes, que eu esqueci o nome agora, e Tiradentes foi decapitado, ou outros presos ou exilados, ao contrário do que se pensa, é possível que Tiradentes tenha sofrido a pena mais dura, não por ser uma liderança, mas sim por ser o mais simples de todos os inconfidentes. Durante a República Velha, passou a ser retratado com um herói nacional e também a ser relacionado com a figura de Jesus Cristo.
Acho que esses são alguns dos motivos pelos quais amei a cidade, que além de tudo é toda antiguinha e está em ótima conservação. A arquitetura é uma graça.
Falando um pouco da parte mais "turistada", ficamos num hotel bem legal chamado "Pousada Clássica", ok não é um hotel. É bem aconchegante, o atendimento é bom e tem um detalhe que achei lindo, eles oferecem um chá da tarde incluído na diária, que é quase que um café da manhã reduzido, tem pães, manteiga, geleia, salgados, bolos, frutas, café, água, e é claro, chá. Fomos também em dois restaurantes bem bons, mas esqueci o nome, então não vou poder fazer a recomendação. Quero voltar lá assim que possível, me apaixonei completamente.
Uma coisa que me deixou bastante pensativa foi sobre o fato da gente não valorizar nossa própria história, temos um tesouro aqui, no Brasil e poucas pessoas que conheço tem interesse nesse tipo de passeio.
Caso já tenha ido, diga aqui sua impressão, será ótimo.
NOTA: as fotos de má qualidade são do meu celular, desculpe por nãoo ter melhores
NOTA: as fotos de má qualidade são do meu celular, desculpe por nãoo ter melhores
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Diários
Esse será um post bem, bem, bem simples e curtinho. Mas resolvi fazer algo porque estou muito parada e escrever me faz um bem.
Desde que tenho meus 11 anos eu tento fazer diários, alguns dão super certo, outros são completamente abandonados, e por aí vai. É um dos espaços mais mágicos do universo por mais bobo que seja. É um lugar que podemos ser quem somos, contar o que quisermos, sem ter que esperar retorno, sem ninguém para dizer que é drama, e uma das partes que acho mais legal é reler depois. Claro que nem todas as pessoas curtem esse negócio de escrever que nem eu, ou que teriam paciência, etc. Mas caso esteja disposto, acredite, é uma sensação super gostosa. Caso já tenha tentado diga aqui como foi.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016
O Vendedor de Histórias
O vendedor de histórias foi um livro que sofri para ler. Tentei desbravar sobre suas páginas 3 vezes, e nas duas primeiras tive o infortúnio de abandoná-lo por uma causa desconhecida. Foi escrito por um escritor (o qual só li dois livros) que considero um dos meus preferidos, graças à maravilha que é O Mundo de Sofia (que aliás estou precisando reler).
A história começa na infância do pequeno Petter Aranha, um menino com uma imaginação extraordinária (uma característica fascinante). O menino vai crescendo um pouco distante de seus colegas, sem os mesmo interesses, como se vivesse em uma realidade própria. Apesar de inventar milhares de histórias, nunca escreve nenhuma e em determinado momento começa a ganhar dinheiro fornecendo histórias para escritores de diferentes perfis. Há também seu envolvimento com Maria que (spoiler) parece algo um tanto quanto, "só acontece por acontecer" mas que no finalzinho causa uma reviravolta (não, não é algo clichê e óbvio).
Outro fato importante foi que eu senti muitas coisas em relação ao personagem, a princípio uma antipatia (que até me desanimava de ler o livro), depois um certo fascínio e admiração, uma crítica forte, um certo medo, querendo desvendá-lo com um pé atrás, e por fim, pena.
Acho que vale muito a pena desfrutar desse livro, dá para viajar em sua narrativa e em cada historieta que o Aranha inventa. Marquei várias coisas no meu livro, mas não consegui mostrar muito bem na foto.
Caso já tenha lido ou conheça algo sobre, sinta-se à vontade para comentar.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Malu - Capítulo 5
O Tigre e o gato
Os
dias se passaram quase sem nenhuma novidade. Minha mãe estava ainda mais
apaixonada por seus dois namorados e cada dia voltava com um presente novo.
Natureza Alegre estava aprofundando seus estudos em filosofia estava falando
ainda menos. Carlos Roberto Lázaro e seu namorado Eduardo Sou estavam brigados,
então ele passava os dias trancado, chorando. E eu, continuava vigiando a casa.
O gato da Casa do Lado continuava aparecendo.
Carlota
não apareceu durante um tempinho também a e a única pessoa que reparava em mim
era o bom vendedor de leite seu Luiz:
– Moça bonita – ele começava quase catando – o
que faz tão desanimada sentada na calçada?
– Acho que minha vida está monótona –
respondia desanimada
– Ora, não pense assim. Os dias andam
ensolarados, não há uma tristeza por aí.
– É, acho que talvez o senhor tenha razão.
– Fico feliz que pense assim, mas tenho que
ir, há muito leite para vender – ele arrancou uma flor do gramado da minha casa
– tome, para lembrar que a vida é bela
E
saía andando. Nossos diálogos eram bem parecidos com isso todos os dias.
O
cenário mudou finalmente num dos dias do terço. Estava na sala jogando dominó
com Maria Isabel, ela se divertia imensamente quando alguém dava atenção a ela.
– Meus Deus – Beatriz do grupo de terço exclamou
– o que é isso?
– O que? – as outras religiosas gritaram em
uníssono.
De
repente um gritou tomou conta do espaço, parecia ser no sótão. Saí correndo
para ver o que era, chutando várias peças de dominó. Me deparei com Maria de
Lourdes vestida de tigre gritando contra um gato preto.
– Bruxas estão na vizinhança! – ela gritou
Ouvi
murmúrios atrás de mim e percebi que todo o grupo de terço e as crianças da casa
estavam atrás de mim
– Bruxas não podem ser toleradas! Nenhuma
pessoa deve entrar em contato com os novos vizinhos – Maria Teresa Rosário declarou
autoritária – esse gato só pode ser deles. Isso vale para todas as famílias.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Persépolis
Persépolis foi um dos últimos livros que li (falarei num futuro próximo sobre os outros que acabei antes, tudo tem uma razão). Tinha vontade de ler já há uns 2 ou 3 anos, ganhei há menos de um mês e comecei há ler há três dias. Um dos principais motivos por ter lido rápido é por ser uma história em quadrinhos (acredita que eu já tinha implicado com o livro por causa disso?).
O livro é uma espécie de autobiografia de Marjane Satrapi uma mulher que teve sua educação familiar com bases nas tradições persas e nas noções da esquerda ocidental ambientada na revolução islâmica que aconteceu no Irã em 1979 (não sei se ambientada é um termo correto para autobiografia, caso não seja pode corrigir).
Foi uma leitura muito interessante, pois é uma história cheia de informações sobre a época e sobre o Irã, por exemplo, eu não tinha noção que o Irão tinha uma "rixa" histórica com vários países do Oriente Médio por ser um país de origem persa e não árabe, e esses dois grupos estão em conflito há mais de 1400 anos.
Outra coisa interessante é ver a diferença entre nossa realidade e a da Marjane, durante sua juventude usar maquiagem era um ato de rebeldia e que requeria coragem.
Mas é preciso tomar cuidado para não começar a ter preconceito com o islamismo, é sempre necessário lembrar que os fatos que ela relata se tratam do fundamentalismo e não da religião em si.
É uma leitura que definitivamente vale a pena, muito envolvente e que nos faz aprender muito.
Achei essa imagem curiosa, é um dos quadrinhos do livro
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Quem sou eu
- /Juliana/
- Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.