quarta-feira, 27 de julho de 2016

Conto sem Nome



      Um dia após cada dia. O tempo segue e eles vão. Ninguém sabe para onde, ninguém sabe o porquê, muito menos o que eles viram quando foram para lá. Não se sabe há quanto tempo, não se sabe se voltarão.
            Só se sabe que havia algo explodindo dentro deles, uma mistura simples e incompleta de tudo que eles haviam passado. Eles eram feitos de fogo, de raiva e de emoção.
            Os dois estavam longe demais para serem lembrados, e perto demais para serem esquecidos. Todos sabiam que aquilo iria continuar, como um equilíbrio, onde os dois seguem juntos, na mesma intensidade, em direções opostas, indo sempre para o mesmo lugar.
            Ela precisava da razão, e ele da sensibilidade. Eles morreriam juntos, pois obtiveram tudo, apesar de não parecer nada.
            Os dias passavam, o frio aumentava, mas eles continuavam, sua chama não havia se apagado. Ninguém os estava procurando, e isso tornava tudo ainda mais empolgante.
            Os ventos eram fortes, e o calor ficava cada vez mais intenso. Ela já estava achando que era loucura, e ele não via mais razão. Mas era a única forma, de manter tudo, como sempre foi.

            O calor se foi. Os dois voltaram a enxergar o sentido. Seu equilíbrio voltou a girar para poder se manter parado. E eles conseguiram se compor, quando se deixaram levar, pelo lua e pelas estrelas, pelo Sol e pela terra, pelo tudo e pelo nada. 

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Quem sou eu

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Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.