Persépolis foi um dos últimos livros que li (falarei num futuro próximo sobre os outros que acabei antes, tudo tem uma razão). Tinha vontade de ler já há uns 2 ou 3 anos, ganhei há menos de um mês e comecei há ler há três dias. Um dos principais motivos por ter lido rápido é por ser uma história em quadrinhos (acredita que eu já tinha implicado com o livro por causa disso?).
O livro é uma espécie de autobiografia de Marjane Satrapi uma mulher que teve sua educação familiar com bases nas tradições persas e nas noções da esquerda ocidental ambientada na revolução islâmica que aconteceu no Irã em 1979 (não sei se ambientada é um termo correto para autobiografia, caso não seja pode corrigir).
Foi uma leitura muito interessante, pois é uma história cheia de informações sobre a época e sobre o Irã, por exemplo, eu não tinha noção que o Irão tinha uma "rixa" histórica com vários países do Oriente Médio por ser um país de origem persa e não árabe, e esses dois grupos estão em conflito há mais de 1400 anos.
Outra coisa interessante é ver a diferença entre nossa realidade e a da Marjane, durante sua juventude usar maquiagem era um ato de rebeldia e que requeria coragem.
Mas é preciso tomar cuidado para não começar a ter preconceito com o islamismo, é sempre necessário lembrar que os fatos que ela relata se tratam do fundamentalismo e não da religião em si.
É uma leitura que definitivamente vale a pena, muito envolvente e que nos faz aprender muito.
Achei essa imagem curiosa, é um dos quadrinhos do livro
2 comentários:
Olá Juliana. Meu professor de história passou esse filme, que deve ser baseado no livro, em sala de aula. Uma pergunta que pensei agora: Temos muçulmanos fundamentalistas e até mesmo cristãos e judeus fundamentalistas. Não seria um fundamentalista, de fato, cristão, de fato, judeu, de fato, muçulmano? Por estarem seguindo fielmente a palavra de seus livros, não seriam eles os verdadeiros exemplos de seguidores de sua religião? Espero que não tenha ficado confuso :P
Oi, só viu seu comentário hoje, desculpa pela demora. Acho que é uma coisa difícil de dizer assim, por exemplo no cristianismo (que tenho um contato maior) os mais estudiosos sempre se referem à Bíblia com certa subjetividade, quero dizer, nunca é simplesmente o que está escrito. Pelo pouco que sei, o que o fundamentalismo islâmico prega não está nem mesmo escrito no Alcorão. Não tenho TANTA propriedade para falar disso nem nada, mas é pelo menos o que eu vejo e tal. Espero que tenha respondido sem ser muito confusa :)
PS: obrigada por comentar
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