sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Persépolis



   Persépolis foi um dos últimos livros que li (falarei num futuro próximo sobre os outros que acabei antes, tudo tem uma razão). Tinha vontade de ler já há uns 2 ou 3 anos, ganhei há menos de um mês e comecei há ler há três dias. Um dos principais motivos por ter lido rápido é por ser uma história em quadrinhos (acredita que eu já tinha implicado com o livro por causa disso?).

    O livro é uma espécie de autobiografia de Marjane Satrapi uma mulher que teve sua educação familiar com bases nas tradições persas e nas noções da esquerda ocidental ambientada na revolução islâmica que aconteceu no Irã em 1979 (não sei se ambientada é um termo correto para autobiografia, caso não seja pode corrigir). 
     Foi uma leitura muito interessante, pois é uma história cheia de informações sobre a época e sobre o Irã, por exemplo, eu não tinha noção que o Irão tinha uma "rixa" histórica com vários países do Oriente Médio por ser um país de origem persa e não árabe, e esses dois grupos estão em conflito há  mais de 1400 anos. 
  Outra coisa interessante é ver a diferença entre nossa realidade e a da Marjane, durante sua juventude usar maquiagem era um ato de rebeldia e que requeria coragem. 
  Mas é preciso tomar cuidado para não começar a ter preconceito com o islamismo, é sempre necessário lembrar que os fatos que ela relata se tratam do fundamentalismo e não da religião em si.
     É uma leitura que definitivamente vale a pena, muito envolvente e que nos faz aprender muito.




Achei essa imagem curiosa, é um dos quadrinhos do livro



2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Juliana. Meu professor de história passou esse filme, que deve ser baseado no livro, em sala de aula. Uma pergunta que pensei agora: Temos muçulmanos fundamentalistas e até mesmo cristãos e judeus fundamentalistas. Não seria um fundamentalista, de fato, cristão, de fato, judeu, de fato, muçulmano? Por estarem seguindo fielmente a palavra de seus livros, não seriam eles os verdadeiros exemplos de seguidores de sua religião? Espero que não tenha ficado confuso :P

/Juliana/ disse...

Oi, só viu seu comentário hoje, desculpa pela demora. Acho que é uma coisa difícil de dizer assim, por exemplo no cristianismo (que tenho um contato maior) os mais estudiosos sempre se referem à Bíblia com certa subjetividade, quero dizer, nunca é simplesmente o que está escrito. Pelo pouco que sei, o que o fundamentalismo islâmico prega não está nem mesmo escrito no Alcorão. Não tenho TANTA propriedade para falar disso nem nada, mas é pelo menos o que eu vejo e tal. Espero que tenha respondido sem ser muito confusa :)
PS: obrigada por comentar

Quem sou eu

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Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.