sexta-feira, 25 de março de 2016

Sobre essa coisa de dar aula


    Vamos contar uma história. A pequena Juliana quando criança queria ser veterinária, sempre gostei muito de bichos e tal, acho que é algo meio natural né? Mas por volta de oito anos, percebi que jamais poderia ser, porque nunca iria conseguir fazer uma cirurgia num cão. Não sabia muito bem o que gostava nem o que queria da vida (eu era criança). Com 13 anos descobri que amava, e muito português e comecei a pensar em como eu ensinaria aquela matéria. Até o momento sempre disse que jamais daria aula. Comecei a ajudar uma amiga que tinha dificuldade e descobri que ensinar era algo, definitivamente, maravilhoso. Aí tudo começou .


    Nessa época meu interesse pelas causas sociais, de uma maneira geral, começou a aflorar e por causa de um filme muito especial, eu percebi, de vez, o quanto o nosso mundo é cruel e entendi que a educação tinha um papel muito importante. Comecei a realmente acreditar que por meio da educação o mundo poderia mudar (não só por causa dela, mas esse é o tópico do texto). Então apareceu o ponto final crucial para a minha decisão estar mais que consolidada, um filme maravilhoso, chamado Escritores da Liberdade, que é sobre uma professora na periferia de uma cidade dos EUA que transforma a sua turma. Poucas pessoas realmente entendem o que eu quero, que basicamente é fazer o que ela fez. Transformar a vida de pessoas através das aulas, do conhecimento (meus olhos estão cheios de lágrimas enquanto escrevo). É bastante chato ter sempre alguém te desestimulando, ninguém quer saber dos que querem ser professores, eu ainda que quero ser professora de escola pública sou definitivamente alguém estranho. 
       Ano passado dei aulas particulares, para 4 pessoas, mas acompanhei apenas uma delas ao longo do ano e foi uma das melhores coisas que já me aconteceu. Crescemos muito juntos e consegui fazer um bom trabalho, não digo isso por mim, mas sim pela mãe dessa criança que sempre me agradece. Não tenho palavras o suficiente para descrever a emoção que tive ao ver aquele menino evoluindo e perceber que estava optando pelo caminho certo. Também tive a oportunidade de conhecer um projeto maravilhoso que uma professora próxima desenvolve junto com outros professores numa escola estadual. Essas pessoas me inspiram, mais do que qualquer outras. 
        Quase ninguém entende, mas isso é realmente o que eu quero, dar aula, simplesmente. Participar desse processo todo, estar numa sala de aula, com todos os desafios, crescer com os alunos, corrigir provas, todas essas coisas. Eu acredito na educação, de uma forma bem diferente do que vemos hoje, tanto nas escolas privadas quanto nais públicas. Eu quero dar aula, e não consigo nem ao menos ter vontade de fazer outra coisa. 

domingo, 20 de março de 2016

Nuvens

   Tenho o prazer de lhes contar que consegui (enfim) fazer meu segundo poema completo, que vai fazer parte de um projeto bem especial para mim. Foi hoje no café, de repente tive que levantar para registrar as ideias, espero que gostem.

Nuvens

O triste fim
daqueles que nascem
com a benção de não
poder enxergar

E vivem a vida
Nos becos escuros
Nas ruas vazias
Sem nunca sentir

Sem nunca sorrir
Sem nunca tocar
Sem nunca ouvir
Sem nunca viver


quinta-feira, 17 de março de 2016

Resenha - A Bruxa

    Vamos falar um pouquinho sobre esse filme de terror que está sendo tão comentado, A bruxa. Primeiramente vou comentar sobre meu interesse por ele. Estava eu na timeline do facebook quando uma conhecida postou algo do tipo "A Bruxa, o filme mais aterrorizante de todos os tempos". Gosto da temática bruxas e até que gosto de filmes de terror, então fiquei querendo ver, mas quando comecei a dar uma lida, fiquei muito muito interessada. Li críticas e assisti vídeos, além de todos os trailers que achei, diga-se de passagem. Acho que vou me estender um pouco falando sobre esse filme. Perdão. Um dos principais pontos é que ele vai muito além de qualquer filme de terror que eu tenha visto ou ouvido falar. Primeiro por não haver nenhum susto. Segundo porque a fotografia e os cenários são lindíssimos (baseados em pinturas do Goya, por exemplo). Terceiro por ele ter sido premiado no festival de Sundance, como uma leiga na questão cinema, não sei se isso é uma grande coisa, mas nunca vi nenhum filme do gênero ser premiado. Quarto pelo filme ter sido feito com uma base numa vasta pesquisa sobre os Estados Unidos colonial. Não poderia ser qualquer coisa. Além de dar um medo diferente.
      Agora falando da minha experiência com ele. É brilhante, para começar. A direção te leva para uma atmosfera totalmente sombria, havia cenas nas quais eu queria sair correndo do cinema, por caus da sensação constante de não dever estar vendo aquilo.A temática, em si, não parece muito inovadora, é sobre uma família (que por um motivo não tão explorado) sai de uma colônia e vai viver perto de uma floresta. Está família é extremamente religiosa e o filme explora isso de uma forma surpreendente. Tudo começa quando a filha mais velha está brincando com o bebê de "achá-lo" e ele desaparece (aquela coisa de cobrir os olhos e dizer "cadê o bebê?). A partir daí diversas coisas acontecem e a família crê estar sendo aterrorizada por uma força maligna. 
     A trilha sonora vai te conduzindo, não como num filme de terror comum que te indica quando você deve ou não tomar um susto. Mas sim mexendo com as emoções. Eu, particularmente nunca vi nenhum filme brincar com as emoções como esse brinca, os cenários, os diálogos, as cenas em si, são construídas de uma forma totalmente inovadora e que te faz sentir um constante incômodo, uma apreensão, uma tensão e um pavor, que não te faz gritar, mas faz sentir coisas muito piores. 
       Definitivamente não será um filme para qualquer um, além de ter cenas pesadas, não é simples de entender, não é aquele filme com a história mastigada. É algo novo e que eu simplesmente fiquei encantada. Gostaria de falar muito mais sobre o filme, mas acho que acabaria dando spoilers e não seria tão legal assim. É muito mais que um filme sobre o Mal, mas uma obra extremamente artística e aterrorizante. 

sexta-feira, 4 de março de 2016

Livros que estou lendo no momento


1) A Tormenta das Espadas: terceiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo. Comecei há ler faz um tempo mas dei uma pausa por ser um momento difícil e esse livro ter emoções demais para ler num momento como aquele. Eu acho que essa é a melhor série de fantasia de todo o universo, e por favor, não é só algo "estilo Senhor dos Anéis" é totalmente diferente, 
2) Orgulho e Preconceito: o clássico. Li (inteiro) há 4 anos e confesso que achei bem chato. Mas um dia desses, na livraria Cultura do centro do Rio achei uma edição bem bonita e quis quebrar essa minha implicância. Não comprei por já ter uma edição e estou gostando bastante.
3) Entre o Mundo e Eu: mal comecei e já estou apaixonada. Fala sobre o racismo hoje nos EUA e já me rendeu algumas anotações. Muito impactante e muito duro.

Um dia de 72, um sonho de consumo

    Acho que talvez eu já tenha comentado por aqui que gosto de fazer muitas atividades, tenho interesses em um número razoável de coisas e infelizmente o dia não me propicia tempo o suficiente para fazer isso. Vou começar com a minha pequena lista de coisas que eu gostaria de fazer:

1) línguas: sempre gostei dessa coisa de aprender novas línguas e nos meus objetivos de vida está me tornar poliglota. No momento eu só falo português, inglês, enrolo no portunhol e sei o básico de alemão. Falta ainda o francês, o italiano, o latim, o grego e o mandarim. Que são as línguas que queria aprender no momento.
2) estudos: além dos estudos normais da faculdade, que começo em Abril, gostaria de estudar história (fazer um resumo de tudo que encontrar), sociologia, antropologia, ciência política e filosofia. Umas noções de geografia também são sempre bem vindas. 
3) artes: quero muito poder voltar para o teatro assim que possível, que está entre as minhas maiores paixões, mas também queria dançar (ou dança do ventre ou jazz), desenhar, aprender a pintar, aprender a cantar e voltar para o teclado. Também queria saber tocar flauta e violino.
4) queria ter mais tempo para militar e ler mais textos voltados para a esquerda, entender bem do assunto, e ao mesmo tempo ter uma experiência prática.
5) meditações, textos religiosos e práticas da Arte também são bem necessários no meu dia a dia.
6) atividades físicas: eu acho que queria muito correr, e fazer e yoga e praticar alguma arte marcial legal.
7) queria ter tempo para fazer trabalho voluntário, com animais abandonados, crianças, idosos, moradores de rua...
8) também gosto muito de ter um tempo livre, para ler (gosto de ler 3 livros ou mais por vez), não fazer nada...
9) queria escrever mais, meu livro, minhas histórias, aqui no blog

terça-feira, 1 de março de 2016

Da série desabafos

    Vou aqui discorrer sobre meu momento atual e um pouco sobre o que vivi até pouquinho tempo. Tudo começa depois do resultado do Enem que me trouxe muito desapontamento. Tive uma nota entre mediano e ruim (644). Acho que foi uma das coisas que mais me deixou mal na vida, perincipalmente porque sempre achei o Enem uma prova fácil. Não consegui nada no Sisu, e perto do resultado, no dia anterior e no dia fatídico, tinha o vestibular da faculdade que queria mesmo ir, desde o início do ensino médio, ou desde sempre talvez. Aí teve o resultado da UERJ, que não queria ir, mas passei (numa boa posição até), então comecei a pensar em tudo d enovo, o que eu queria, o que não queria, baseada num monte de incertezas, e sabe, tive certeza que só iria para lá... Não que fosse ruim, sabe? Mas não era o que queria. Passei um pouco mais de um mês chorando quase todos os dias e tendo certeza que ninguém gostava de mim, com medo do que estaria por vir. Fiz a matrícula e dias depois saiu o resultado, tinha passado para a faculdade dos sonhos. Era verdade. E isso foi ontem na verdade, e tudo parece que, começou a sorrir para mim, entendem? Sei que foi um texto desnecessário, mas estou muito feliz por ter realizado um sonho. Agora minha mente vai voltar ao normal e vou me sentir melhor para escrever (projeto 2016, ainda faltam 26 capítulos).

Quem sou eu

Minha foto
Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.