terça-feira, 3 de maio de 2016

O Fracasso

   Fracasso é uma palavra bem forte e bem negativa na nossa sociedade, e não só isso, ela também nos assombra a todo tempo. Eu, pelo menos, mesmo com todas as críticas a esse modelo perverso de "bem sucedidos e fracassados", morro de medo do fracasso. E morro mesmo. Dizem que me cobro muito, mas a verdade é que me sinto "um fracasso" com alguma frequência, mas não vou ficar falando sobre minhas angústias.
    Mas afinal o que é o dito fracasso? Segundo o dicionário, é a falta de êxito, o malogro, a derrota. O mesmo mundo que nos obriga a competir insanamente é o mesmo mundo que nos ensina a nunca querer fracassar. Mas com tantas competições e com tantas pessoas, como podem querer que sejamos vencedores sempre? É algo numericamente impossível! E tem mais, nunca nos ensinam a valorizar o treino, a preparação, o aprendizado, e apenas o resultado final.
   Pensando nessa lógica, se não "nascermos" vencedores, possivelmente nunca desaprenderemos a sermos fracassados. Uma coisa bastante cruel é pensar que às vezes somos até mesmo o segundo lugar e isso é uma decepção. Se não formos de um certo padrão não atingimos o sucesso e a partir daí seremos tachados de pessoas que perderam. 
      Nós não temos a obrigação de sermos os melhores em tudo, não temos que achar que essa lógica competitiva é normal, aprendermos a nos desenvolver sem ter que atingir certos padrões é algo bem mais gratificante, pelo menos eu acho que devia ser assim.
     

2 comentários:

Ana Maria Auler M.Peres disse...

Gostei e acho que a vida não é uma competição que divide as pessoas entre os vencedores e os fracassados. Esta é apenas uma " forma limitada e poço criativa de ver as coisas " .

Eu gosto de I want to break frete.

Chris Dupont disse...

Couldn't agree more, Juliana. Right now I'm thinking of those Cambridge examination candidates that pass with a C (well done!) and still feel like they failed because they didn't get an A or a B. Sad...

Quem sou eu

Minha foto
Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.