terça-feira, 25 de agosto de 2015

Mais um trabalho de filosofia

"Enxergar a realiidade exige esforço" Geogre Orwell

   Era uma vez um rapaz bonito, gentil, inteligente e bem nascido chamado Pedro Gabriel. Pedro Gabriel sempre estudou muito, sempre ajudou velhinhas, e crianças, e animais, e estidades que ajudam pessoas com câncer. Viajou para muito lugares e viu muitas coisas, estudou em bons colégios e teve todo apoio que podia querer. Pedro sempre conviveu com pessoas muito parecidas com ele, e quando passou no vestibular para a faculdade que tanto queria foi parabenizado por ter estudado tanto. 
   Um dia, voltava da faculdade dirigindo, à noite, quando de repente um vulto cruzou sua frente e o carro bateu nele, por sorte Pedro estava devagar (pois sempre dirigia com calma). Era um menino, de pele escura, roupas surradas e dentes mal cuidados. Não devia ter mais de nove anos. Sem pensar duas vezes Pedro o botou em seu carro, pois não deixaria um menino sozinho na rua. Perguntou seu nome e se podia ligar para um responsável "Matheus, mas não avisa ninguém não que não vai adiantar" respondeu. Ficaram ambos calados até o hospital público mais próximo. 
   Pedro ficou bastante chocado em como as coisas naquele hospital eram difíceis e nada funcionava. Por sorte, o menino não teve nada grave e pôde ser levado para casa sem preocupações. Matheus vivia num bairro feio, com casas feias, escuro, sujo e apertado. E como era extenso aquele grande amontoado de casas, se é que podiam ser chamadas assim. Muitas pessoas viviam daquele jeito e Pedro não conseguia entender porquê. 
   Ao voltar para seu mundo bonito de pessoas bonitas ficou um pouco aliviado, mas a imagem do lugar do qual acabara de voltar. Contou para todos as pessoas que pôde, mas ninguém lhe deu ouvidos. Falaram o que costumamos dizer quando queremos mentir para nós mesmos, que aquelas pessoas que viviam naquele lugar estranho viviam lá porque não se esforçaram o suficiente para estar onde eles estavam. 
 
   Este trabalho era uma releitura do mito da caverna, e com ele quis dizer que a caverna significa nós mesmo e nossa "incapacidade" de enxergar quem está no mesmo mundo que a gente.

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Quem sou eu

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Dragão segundo o horóscopo chinês. Nascida no Rio, mas criada em Petrópolis (ainda bem). Além de querer ser professora, sonha em fazer muitas (MUITAS) coisas. Mas enquanto o dia não tem 72 horas, milita por um mundo melhor, escreve, tenta desenhar e bebe mate. Acredita plenamente no poder transformador do palco, dos animais e da educação.